Minha vida está tão movimentada que sinto falta de me ouvir, descobrir onde estão meus verdadeiros sonhos, definir quem sou e como sou...
Trabalho, finanças, família, sentimentos, problemas, tudo misturado e a mulher que habita dentro de mim sente-se sufocada, grita pra sair.
Onde está minha sensibilidade?
Vestir o papel de forte aperta, sufoca...
Sou mulher, mas o que isto significa? O que é ser mulher? Qual meu papel na sociedade e na família?
No princípio eramos responsáveis pelo lar, filhos, companheiro, e hoje?
Sinto que no fundo passamos boa parte do tempo lutando por espaço e descobrindo novas funções que perdemos nossa essência, minha alma feminina se apaga.
Me questiono se esta busca por liberdade não leve ao total desapego, todos querem tanto que no fundo ninguém sabe na verdade o que realmente quer!
Sou mãe e pai porém tenho certeza que não desempenho nenhum dos papéis com clareza, me sinto andrógena, um ser sem definição, mulher boa parte do tempo mas desempenhando funções que ultrapassam minha condição feminina, e começo a questionar se existe espaço pra ressurgir feminina, delicada...Questiono minha vida, quem me cerca, como me relaciono, o que escuto, como me posiciono diante do outro e da realidade.
Termino o dia exausta, meu corpo dá sinais da minha incapacidade diante de tanto, minha mente fervilha com idéias e ideais.
Quero adormecer e acordar suave, terna e feminina, me encantando com flores e o canto dos pássaros, exalando um perfume suave como jasmim misturado ao vento, radiante e misteriosa como a lua, quero poder ser só mulher, afinal já é tanto!
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