segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Saberes

Tantos passos, caminhos e descaminhos... Saberia escrever sobre cada um, mas me foge a sabedoria de entender tanta coisa. Sou pequena diante de tanta informação, e por mais que me esforce ainda me confundo com o que deveria estar claro.


Algumas nuvens são assim, densas que chegam a impedir a passagem limpa da luz solar, e o vento acaba tomando conta, por mais que se saiba que o sol está lá, a sensação de frio é muito mais forte do que a razão.


São ondas de sensações tão perturbadoras que desequilibram tudo em volta, fazem crenças serem substituídas pelo desejo do risco, tantos sabores que fica difícil distinguir o que é real do que se deseja tanto.


Tenho dificuldade para absorver informações desencontradas, acredito em fatos, ações que expressam sentimentos, naturalidade conta mais que premeditação. Quando existe um planejamento prévio sua diretriz é a razão, e ela não é tão encantadora assim, emoções são mais sedutoras.


Em alguns sonhos me imagino flutuando num céu de azul sem fim, tomada pela cor, com roupas esvoaçantes e olhos perdidos no tempo, corpo quente, roupas frescas, sons da natureza, misturando água mansa seguindo seu rumo, folhas dançando uma valsa alegre e harmônica, pássaros sussurrando baixinho um canto de versos simples, mas incrivelmente belos. Queria transportar esta sensação de calmaria para minha cabeça, deixar lá guardadinha para me confortar cada vez que lembrar as decepções que já vivi.


Era tão fácil quando a falta de informação me propiciava ser leve, bastava arriscar e pronto, sem culpas, sem medos. Saber é um fardo difícil de carregar, e ainda não sou habilidosa pra mentir, não sou boa na arte de encenar.


A vida poderia ser um grande baile com chapelaria na porta onde cada um escolheria o que gostaria de deixar guardado enquanto dança para ficar de mãos limpas, perder a noção do tempo sem remorsos.


Com o passar do tempo venho descobrindo o quanto sou ignorante, quanto mais descubro vejo que vai me faltando habilidade pra digerir tanta informação, me sinto ingênua um tanto crua diante de tantos emaranhados de ações e palavras.

É tanto sentimento que ás vezes dá medo de estar inventando realidades paralelas onde só minha idéias são reais.

Um comentário:

S * disse...

É verdade, a vida passa e a gente vai acumulando mais bagagem, mais peso na nossa mochila!!! O jeito é parar de vez em quando e jogar fora o que não presta mais, né! Hehehe. Bjs!