Que imensidão é essa?
Tão vasto, de horizonte distante...
Que sensação é essa?
Uma saudade que nem sei ao certo do que sinto falta...
Seriam simples as conclusões não fosse tudo tão intenso como ondas no mar que oscilam nas marés, passam pela costa e terminam na areia, espumantes numa dança de ir e vir sem fim.
E esse frio que percorre o corpo, como a água que toca a ponta dos dedos e brinca na pele sem dar-se conta do poder que tem... Sensações confusas, que dançam na minha cabeça, em ondas que mantém um ritmo lento, pertubadoras e necessárias, sem elas a dança das marés deixaria de existir e minha saudade do que desconheço também.
Trata-se de ver o mar a minha frente, descobrir a profundidade, extensão e os perigos que posso encontrar.
Seria uma canoa com remos pequenos, á deriva numa manhã de sol acompanhando o passar das horas entregue ao acaso enquanto os braços descassam exaustos de tanto tentar direcionar para um caminho incerto.
Seria uma gaivota sobrevoando a costa, compondo a paisagem sem ao menos tocar a superfície, contemplar é sua missão, e entregue ao sabor do vento tocar com as asas o que os olhos não podem ver.
Seria apenas espuma, água e sal numa mistura, num caminhar sobre pedras e areias, com destino certo de sumir na praia depois de tanto viver e sentir.
Seria uma mulher que se confunde com o cotidiano, e suas repetições que questionam tanto o sentir tornando o alheio tão fascinante.
Seria apenas eu, não fosse o fato de tantos existirem, seres de carne e osso, e outros que habitam o meu querer projetados num mundo tão belo e inalcansável.
Seria qualquer coisa... Mas tudo parece mar, num ir e vir sem fim!
Shirlei
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