Como é estranha esta força que move as mães, hoje tive um dia muito estranho, fiquei impaciente, esquisita e apesar do meu estado físico que não está tão bom , não conseguia explicar de onde vinha esta sensação.
Cheguei do trabalho e recebi uma notícia que me derrubou, todos meus medos que estavam guardados afloraram e senti vontade de me trancar em casa com minha filha na tentativa de proteger, preservar o que tenho de mais precioso.
Ter asma nunca foi um problema, e cuidar da minha filha que também tem nunca me assustou, mas após receber a notícia de casos da gripe H1N1 na escola da Ana toda minha segurança desabou...
Tentei dormir, mas não conseguia e vim escrever, pra tentar me aliviar...
Estou num dilema que todas as mães devem viver em algum momento da vida, prender o filho numa redoma e proteger a qualquer custo, ou enfrentar os riscos e deixar o filho viver . É tão difícil, fiquei tão fragilizada que nem me reconheci, e o pior não posso deixar ela perceber meu medo, tenho que dar coragem quando nem a tenho, e é tanta coisa pra decidir sozinha.
Vou rezar, algo que pra ser sincera faço bem pouco, e acreditar que escolhi certo, tenho que me convencer disto esta noite pra amanhecer forte e dar conta de todas minhas responsabilidades.
Queria poder mais, mas não posso...
Vou repetir várias vezes na minha cabeça as palavras do nosso médico, e me policiar pra não ficar paranóica.
Há muito tempo não me sentia tão frágil diante da vida, com tanto medo.
Não sei o que mais posso fazer, queria poder pedir colo pra minha mãe, mas sei que não seria justo dividir com ela tanta angústia, queria poder contar com alguém, pelo menos pra poder dividir o medo e as escolhas.
Tenho minha realidade, e que Deus e ajude a tomar a decisão certa.
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