sábado, 21 de novembro de 2009

Manhãs

Gostaria de saber como ser tão sublime como o amanhecer!

A luz que invade nossos olhos e deixa tudo tão vivo ao mesmo tempo desperta e aquece, tanta beleza e muitas vezes nem percebemos por nos deixarmos escravizar pelo tempo.

Meus olhos se acostumam com a luz, abrem-se e cada célula do meu corpo é tomada por uma energia tão intensa que é quase impossível não ficar feliz.

Cada amanhecer nos reserva novas esperanças, surpresas e a certeza de um recomeço, uma oportunidade de fazer tudo melhor...

Interessante é o acaso, manhãs nubladas que sutilmente nos deixam a mansagem que muitas coisas devem ser vistas por outros ângulos, abrindo espaço para o acaso.

Gosto de enganos, de olhares despretensiosos, de neblina e brisa pra varrer o que não serve mais!

Tudo tem começo, meio e fim, e cada nascer do sol reforça a minha certeza de que o final deveria ser chamado de porta para o renascimento ou mesmo caminho para a aprendizagem. Mudo meu olhar, reflito e percebo nas minúcias grandes textos que só deciframos quando enxergamos de dentro para fora.

Seria triste ver o fim como um desencanto, melhor encará-lo como um caminho, o anoitecer necessário para que o espetáculo da aurora possa acontecer.

Vejo oportunidades de aprender, só me basta decifrar a neblina e ter coragem de arriscar.

Que a vida seja feita de encontros e desencontros, de lágrimas e alegrias, numa eterna reacomodação de sentimentos e sensações!

Para saber amar é necessário descobrir o quanto nos amamos.

Minhas noites tem luar e minhas manhãs luz, e mesmo que meus olhos se fechem ainda poderei sentir a energia, o poder que emana de dentro do meu corpo atraído pelo acaso, pelo incerto, que se firma na certeza de sempre existirem novas oportunidades!

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