quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Silêncio

Começo a ouvir, é claro e limpo, ecoa.
Talvez guiada por meus olhos, seduzida por minha vaidade acabei ficando surda e não ouvia no silêncio, mas o tempo a vida, as pessoas me ensinaram a ler o silêncio, senti-lo e entendê-lo.
Bastaria que nos contassem aos quinze anos que tudo que imaginávamos ser o certo seria desconstruido e substituído por algo tão significativo e complexo.
Durante um bom tempo imaginei que ao me tornar adulta seria dona do meu nariz, bastaram alguns tombos para perceber que não temos a posse de nada, muito menos de nossas vidas, e como acreditar ser possível amar e querer alguém para você se no fundo sabemos da impossibilidade disso acontecer.
Escutei em meu silêncio a voz da liberdade, da minha alma feminina que canta, do meu instinto de sobrevivência e da intuição...
E digo meu silêncio grita!!!
Livre, livre, leve, leve, solta, plena, pura e paz!!

E basta calar pra tudo recomeçar, o som do meu silêncio.

Lua

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