Eu não sou nada, mas estou sempre de algum jeito, tudo transitório, inclusive a ideia que se cria sobre isso. Constante é a fome, ou acordar cedo e o gosto pelo silêncio. Não se surpreenda se me encontrar na multidão com barulho, tem uma angústia inominável que me move, outro dia amanheceu chovendo e sorriu tudo em mim, nem triste consigo ser com tanta dedicação. Mas isso não é sina, meu peito ás vezes canta e faz da vida rima. Nenhuma lei vai me fazer ser esse concreto, e por isso eu sobrevivo.
Shirlei do Carmo
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