quarta-feira, 7 de abril de 2010

Mulher

Diante de tantos olhares, leituras e coclusões acerca da mulher é difícil pensar num caminho para mudar padrões de convivência, conveniencia e controle.
Mas ser mulher facilita o sentir, perceber com uma sensibilidade conquistada na reclusão, num ir e vir pra dentro.
Um corpo cheio de formas, caminhos e sensações, muitas vezes visto pelas carnes que ostenta, possuidor de mistérios que poucos sabem desvendar.
FRÁGIL, diante de sentimentos que consomem.
SENSÍVEL, capaz de enternecer diante do sofrimento e aquecer com um simples gesto de carinho.
GUERREIRA, que enfrenta as dores do corpo, as suas transformações e toda imposição de uma sociedade fundamentada para perpetuar a figura do homem no poder.
SEDUTORA, que lança mão de olhares e sorrisos para dizer o que só seu coração sabe que sente.
MATERNAL, palavra que define o poder de um sentimento único que muda de forma avassaladora o sentir e pensar, o agir e conviver.
COMPLEXA, uma mistura de sentir e ressentir que confunde seu eu em muitos tão julgados e apreciados.
INTENSA, capaz de resistir as dores do parto e aos ciclos da natureza e tão frágil diante dos romances que começam e terminam num sonhar de pesadelos e despertares sem fim.
Diante de tantas frases prontas, comportamentos repetitivos que apontam para uma coisificação que muitas acatam para sobreviver existe o eterno pressentir, e que os olhos da alma vejam luz, e pulsem os corações propagando energia aos corpos que não se bastem em seios e quadris, sejam pernas, braços,mãos e bocas.

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