E na noite de Natal já ia dormir, triste, digerindo acontecimentos, mas o poderoso universo conspira a favor de pessoas legais, uma hora tem que parar de escorrer tudo pelo ralo.
Encontrei anjos sem asas, mas com palavras alegres que me ajudaram muito, o amor se manisfesta de forma tão clara, basta importar-se.
Nesta postagem agradeço a amizade, os abraços fortes, a disposição para ajudar, o papo leve, a presença de algumas pessoas na minha vida. Anos de amizade se justificam nestes momentos, e mesmo nas noites de conversas intermináveis com risadas frenéticas. Beth e Beta, quase uma multidão desorganizada numa dupla...e ganhamos mais um integrante, prevejo mudanças no clube da Luluzinha!!!
Fiquei uns dias meio morna, atordoada, mas como sempre estou de volta.
Obrigado Universo poderoso, respostas surgem quando menos se espera, sentimentos nascem e morrem assim numa fração de segundos, e amizades verdadeiras perduram toda uma existência.
sábado, 25 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
...é SÓ medo, solidão assistida.
Imagens dançam e nada se vê.
E querer assusta tanto, ventania.
Medo cego de quem não sabe, não entende.
Olhos que me fitam e desconcertam...
Olhos meus que não vêem, trancam-se abertos.
Por não saber quem sou, desconfio.
Por imaginar quem és, protejo-te de mim.
Seriam meras palavras se estas não fossem tão poderosas.
Começo e fim, numa dança sem música.
E tola tenho medo do amor,
e prudente tenho medo de amar.
Acuada corro pelas ruas, escondida na multidão.
Apresso o passo, veloz, sem rumo.
Fujo, vou ao encontro do que me prende,
pensamento que consome.
Folha seca caída na areia pisoteada,
esquecida pelo orvalho, arde em brasa,
aguarda a probabilidade de ser pó.
Busco o sofrer, auto flagelo para não ser.
Começo e fim numa dança sem ritmo.
Dolorida tenho medo de sonhar,
desconfiada acordo sem dormir.
Idéias encontram-se, corpos afastam-se,
fala e silêncio, diálogo mudo...
Grito mudo, mudo, mudo, mudo.
E querer assusta tanto, ventania.
Medo cego de quem não sabe, não entende.
Olhos que me fitam e desconcertam...
Olhos meus que não vêem, trancam-se abertos.
Por não saber quem sou, desconfio.
Por imaginar quem és, protejo-te de mim.
Seriam meras palavras se estas não fossem tão poderosas.
Começo e fim, numa dança sem música.
E tola tenho medo do amor,
e prudente tenho medo de amar.
Acuada corro pelas ruas, escondida na multidão.
Apresso o passo, veloz, sem rumo.
Fujo, vou ao encontro do que me prende,
pensamento que consome.
Folha seca caída na areia pisoteada,
esquecida pelo orvalho, arde em brasa,
aguarda a probabilidade de ser pó.
Busco o sofrer, auto flagelo para não ser.
Começo e fim numa dança sem ritmo.
Dolorida tenho medo de sonhar,
desconfiada acordo sem dormir.
Idéias encontram-se, corpos afastam-se,
fala e silêncio, diálogo mudo...
Grito mudo, mudo, mudo, mudo.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Calor e chuva pra dormir
Hoje foi uma dia daqueles, quente e agitado. Cheio de compromissos pela manhã, trabalho e fim de tarde com sol brilhando. Mas engraçado...fazia tempo que não me sentia tão animada, como se do nada um peso fosse retirado das minhas mãos. Ouvi música alta, dancei até suar, lavei minhas cortinas, tapetes, roupas de cama, deixei a água me refrescar, prazer de quem gosta de cuidar do próprio lar. Tão simples, tão bom! Reencontro com meu eu verdadeiro, sem maquiagem, frescura ou receio, um amar-se em gestos que são significativos só pra mim, e talvez por isto sejam tão bons.
Ouvi Clara Nunes, Gilberto Gil, Chico Buarque, Etta James, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Cesária Évora, Zeca Baleiro e meus ouvidos ainda vibram as doces notas que me envolvem, mas uma canção dentre tantas inacreditáveis, pode ser considerada a trilha sonora do dia...
At Last - Etta James
Dormirei ao som da chuva que cai insistente, rememorando a canção, comemorando ser minha, só minha a simples razão de continuar a existir como mulher, forte e viva. Feliz por ser quem sou, sentir como sinto, viver como vivo.
Ouvi Clara Nunes, Gilberto Gil, Chico Buarque, Etta James, Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Cesária Évora, Zeca Baleiro e meus ouvidos ainda vibram as doces notas que me envolvem, mas uma canção dentre tantas inacreditáveis, pode ser considerada a trilha sonora do dia...
At Last - Etta James
Dormirei ao som da chuva que cai insistente, rememorando a canção, comemorando ser minha, só minha a simples razão de continuar a existir como mulher, forte e viva. Feliz por ser quem sou, sentir como sinto, viver como vivo.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Inominável
Olhava para dentro e via as asas negras
ora pousadas, ora voando, multiplicavam-se.
Beleza intocada, violada agora com meu olhar de alma leve.
Tocava suas asas e voava junto, sem rumo, era só liberdade.
Nuvens densas se abriam, céu azul e vento.
E durante o voo retornei ao passado,
me vi criança tomando leite, cheirando a flor, tocando a terra.
Comi das palavras, mastiguei, misturei seus sons.
Ecoavam palavras novas, um dialéto inconsciente, gritava...
Sonora, sentia a plenitude de entregar-se ao não ser.
Nadei num céu de sangue, percorri o fluxo no corpo,
cada movimento cadenciado pelo bombear do coração.
Tão pleno, cada célula ligada a outra numa explosão de prazer.
E o vermelho que queimava tornou-se lilás, completo.
Tanta paz, que não cabia mais controlar nenhum sentir,
era hora de entregar-se, dei-me de asas abertas afagadas pelo vento.
Era dia, sim me lembro, mas as estrelas estavam lá e corriam,
saltitavam alegres deixando rastros de luzes corolridas,
ondas elétricas, ardiam, transpassavam a pele.
Percepção sensorial desconhecida, única!
Um quase perder os sentidos, descobrindo outros adormecidos.
Asas batiam ao meu lado, ouvia o ritmo dos corações.
O afago do vento, criança travessa que insiste em ficar,
cantava, melodia de assovios, sonoro carinho.
O corpo vibrava, pulsação, contração e enfim relaxamento total.
Adormeci por instantes, silêncio...paz!
Mariposas num céu de sangue violando o azul sem fim.
E vi o desconhecido para conhecer-me.
Não sabia te dar nome, devorei as palavras.
Não sabia descrever-te, bastava me entregar.
Mas íntima de teu e meu sentir, chamo-te de inominável,
aguardo o reencontro, escuto seu chamado no vento.
Inominável....
ora pousadas, ora voando, multiplicavam-se.
Beleza intocada, violada agora com meu olhar de alma leve.
Tocava suas asas e voava junto, sem rumo, era só liberdade.
Nuvens densas se abriam, céu azul e vento.
E durante o voo retornei ao passado,
me vi criança tomando leite, cheirando a flor, tocando a terra.
Comi das palavras, mastiguei, misturei seus sons.
Ecoavam palavras novas, um dialéto inconsciente, gritava...
Sonora, sentia a plenitude de entregar-se ao não ser.
Nadei num céu de sangue, percorri o fluxo no corpo,
cada movimento cadenciado pelo bombear do coração.
Tão pleno, cada célula ligada a outra numa explosão de prazer.
E o vermelho que queimava tornou-se lilás, completo.
Tanta paz, que não cabia mais controlar nenhum sentir,
era hora de entregar-se, dei-me de asas abertas afagadas pelo vento.
Era dia, sim me lembro, mas as estrelas estavam lá e corriam,
saltitavam alegres deixando rastros de luzes corolridas,
ondas elétricas, ardiam, transpassavam a pele.
Percepção sensorial desconhecida, única!
Um quase perder os sentidos, descobrindo outros adormecidos.
Asas batiam ao meu lado, ouvia o ritmo dos corações.
O afago do vento, criança travessa que insiste em ficar,
cantava, melodia de assovios, sonoro carinho.
O corpo vibrava, pulsação, contração e enfim relaxamento total.
Adormeci por instantes, silêncio...paz!
Mariposas num céu de sangue violando o azul sem fim.
E vi o desconhecido para conhecer-me.
Não sabia te dar nome, devorei as palavras.
Não sabia descrever-te, bastava me entregar.
Mas íntima de teu e meu sentir, chamo-te de inominável,
aguardo o reencontro, escuto seu chamado no vento.
Inominável....
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Insônia
No auge da minha agitação, me falta serenidade para dormir, o corpo apresenta os sinais do cansaço, minha cabeça ferve e nada se encaixa.
Tantas perguntas, respostas desencontradas, pensamentos nocivos, memórias doloridas e buscas que não consigo controlar. Reli minhas postagens e fico perplexa com minha inconstância de pensamentos e sentimentos...Admiro pessoas centradas, mas não sou assim.
Raul Seixas fica cantarolando Metamorfose Ambulante dentro da minha cabeça, será que ele também ficava sem dormir por não saber controlar a intensidade do seu pensar?
Tantas perguntas, respostas desencontradas, pensamentos nocivos, memórias doloridas e buscas que não consigo controlar. Reli minhas postagens e fico perplexa com minha inconstância de pensamentos e sentimentos...Admiro pessoas centradas, mas não sou assim.
Raul Seixas fica cantarolando Metamorfose Ambulante dentro da minha cabeça, será que ele também ficava sem dormir por não saber controlar a intensidade do seu pensar?
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Saberes
Tantos passos, caminhos e descaminhos... Saberia escrever sobre cada um, mas me foge a sabedoria de entender tanta coisa. Sou pequena diante de tanta informação, e por mais que me esforce ainda me confundo com o que deveria estar claro.
Algumas nuvens são assim, densas que chegam a impedir a passagem limpa da luz solar, e o vento acaba tomando conta, por mais que se saiba que o sol está lá, a sensação de frio é muito mais forte do que a razão.
São ondas de sensações tão perturbadoras que desequilibram tudo em volta, fazem crenças serem substituídas pelo desejo do risco, tantos sabores que fica difícil distinguir o que é real do que se deseja tanto.
Tenho dificuldade para absorver informações desencontradas, acredito em fatos, ações que expressam sentimentos, naturalidade conta mais que premeditação. Quando existe um planejamento prévio sua diretriz é a razão, e ela não é tão encantadora assim, emoções são mais sedutoras.
Em alguns sonhos me imagino flutuando num céu de azul sem fim, tomada pela cor, com roupas esvoaçantes e olhos perdidos no tempo, corpo quente, roupas frescas, sons da natureza, misturando água mansa seguindo seu rumo, folhas dançando uma valsa alegre e harmônica, pássaros sussurrando baixinho um canto de versos simples, mas incrivelmente belos. Queria transportar esta sensação de calmaria para minha cabeça, deixar lá guardadinha para me confortar cada vez que lembrar as decepções que já vivi.
Era tão fácil quando a falta de informação me propiciava ser leve, bastava arriscar e pronto, sem culpas, sem medos. Saber é um fardo difícil de carregar, e ainda não sou habilidosa pra mentir, não sou boa na arte de encenar.
A vida poderia ser um grande baile com chapelaria na porta onde cada um escolheria o que gostaria de deixar guardado enquanto dança para ficar de mãos limpas, perder a noção do tempo sem remorsos.
Com o passar do tempo venho descobrindo o quanto sou ignorante, quanto mais descubro vejo que vai me faltando habilidade pra digerir tanta informação, me sinto ingênua um tanto crua diante de tantos emaranhados de ações e palavras.
É tanto sentimento que ás vezes dá medo de estar inventando realidades paralelas onde só minha idéias são reais.
Algumas nuvens são assim, densas que chegam a impedir a passagem limpa da luz solar, e o vento acaba tomando conta, por mais que se saiba que o sol está lá, a sensação de frio é muito mais forte do que a razão.
São ondas de sensações tão perturbadoras que desequilibram tudo em volta, fazem crenças serem substituídas pelo desejo do risco, tantos sabores que fica difícil distinguir o que é real do que se deseja tanto.
Tenho dificuldade para absorver informações desencontradas, acredito em fatos, ações que expressam sentimentos, naturalidade conta mais que premeditação. Quando existe um planejamento prévio sua diretriz é a razão, e ela não é tão encantadora assim, emoções são mais sedutoras.
Em alguns sonhos me imagino flutuando num céu de azul sem fim, tomada pela cor, com roupas esvoaçantes e olhos perdidos no tempo, corpo quente, roupas frescas, sons da natureza, misturando água mansa seguindo seu rumo, folhas dançando uma valsa alegre e harmônica, pássaros sussurrando baixinho um canto de versos simples, mas incrivelmente belos. Queria transportar esta sensação de calmaria para minha cabeça, deixar lá guardadinha para me confortar cada vez que lembrar as decepções que já vivi.
Era tão fácil quando a falta de informação me propiciava ser leve, bastava arriscar e pronto, sem culpas, sem medos. Saber é um fardo difícil de carregar, e ainda não sou habilidosa pra mentir, não sou boa na arte de encenar.
A vida poderia ser um grande baile com chapelaria na porta onde cada um escolheria o que gostaria de deixar guardado enquanto dança para ficar de mãos limpas, perder a noção do tempo sem remorsos.
Com o passar do tempo venho descobrindo o quanto sou ignorante, quanto mais descubro vejo que vai me faltando habilidade pra digerir tanta informação, me sinto ingênua um tanto crua diante de tantos emaranhados de ações e palavras.
É tanto sentimento que ás vezes dá medo de estar inventando realidades paralelas onde só minha idéias são reais.
domingo, 3 de outubro de 2010
Borboletas
Asas que batem silênciosas, coloridas e vivas, corpo delicado e pequeno. Olho as borboletas e penso...Que caminhos seguistes até chegar aqui? Sua vida de lagarta foi suficiente pra te dar tanta beleza? Sabes o tempo que lhe resta? Desconfias do encantamento que causa? Como seria a natureza sem estas pequenas fadas, intensas e finitas? És mesmo mensageira, capaz de anunciar revelações de segredos? O que embala esta dança que encanta os olhos e espalha fertilidade?
Instantes, são necessários poucos segundos pra se encantar, e ela parte, deixando a sensação de leveza e o polén misturado anunciando novas sementes. Que simbólica esta existência, talvez por isto seja tão breve a sua passagem, plenitude não pode durar pra sempre, perde o sentido, passa a ser comum.
Passo a vida como lagarta, trabalho diário, busca insessante por uma metamorfose que ainda não sei despertar, me falta talento pra permanecer pulpa, quieta e adormecida. Devoro folhas na vida com uma fome que não sei como nasce e nem mesmo quando cessará.
Como assumir que é mais fácil ser lagarta? Justificaria pelo medo de partir, pela dúvida do novo, mas no fundo compreendo que é seguro dentro da casca, a essência da lagarta e da borboleta é a mesma, o que muda é a forma de agir.
Momentos felizes existem como as borboletas, devem apenas ser vividos, breves e marcantes, entrar na alma e expandir até não caber mais no corpo, transbordar no universo, abrir as asas e derramar beleza em volta, sem pensar no tempo. Tudo é tão breve que cada segundo de exitação pode valer voltar pra pulpa e ficar sem descobrir até onde os sentidos podem ir.
A vida é como um rio que segue seu curso, caminha para o mar, horas na seca ou na cheia, podem haver curvas, difentes terrenos de solo inóspitos ou férteis, mas no fim tudo vira uma coisa só, é preiso dançar nas ondas para descobrir o porquê do caminho.
Tento viver o hoje, numa ansia de saber voar, mas me falta calma pra ser tão leve, são breves os instantes de bater asas, de seguir o curso da vida sem receio. Só me resta a certeza da finitude dos momentos, do descontrole do sentir, e da existência do destino. Não adianta adiar, um dia o rio se tornará mar e dançará nas ondas.
Instantes, são necessários poucos segundos pra se encantar, e ela parte, deixando a sensação de leveza e o polén misturado anunciando novas sementes. Que simbólica esta existência, talvez por isto seja tão breve a sua passagem, plenitude não pode durar pra sempre, perde o sentido, passa a ser comum.
Passo a vida como lagarta, trabalho diário, busca insessante por uma metamorfose que ainda não sei despertar, me falta talento pra permanecer pulpa, quieta e adormecida. Devoro folhas na vida com uma fome que não sei como nasce e nem mesmo quando cessará.
Como assumir que é mais fácil ser lagarta? Justificaria pelo medo de partir, pela dúvida do novo, mas no fundo compreendo que é seguro dentro da casca, a essência da lagarta e da borboleta é a mesma, o que muda é a forma de agir.
Momentos felizes existem como as borboletas, devem apenas ser vividos, breves e marcantes, entrar na alma e expandir até não caber mais no corpo, transbordar no universo, abrir as asas e derramar beleza em volta, sem pensar no tempo. Tudo é tão breve que cada segundo de exitação pode valer voltar pra pulpa e ficar sem descobrir até onde os sentidos podem ir.
A vida é como um rio que segue seu curso, caminha para o mar, horas na seca ou na cheia, podem haver curvas, difentes terrenos de solo inóspitos ou férteis, mas no fim tudo vira uma coisa só, é preiso dançar nas ondas para descobrir o porquê do caminho.
Tento viver o hoje, numa ansia de saber voar, mas me falta calma pra ser tão leve, são breves os instantes de bater asas, de seguir o curso da vida sem receio. Só me resta a certeza da finitude dos momentos, do descontrole do sentir, e da existência do destino. Não adianta adiar, um dia o rio se tornará mar e dançará nas ondas.
domingo, 26 de setembro de 2010
Pétalas
Galhos torcidos balançam ao vento
dançam, se tocam, entrelaçam.
Noites e dias passam, é o tempo.
Deixam a mostra suas folhas
e até mesmo os espinhos.
Botões acenam singelos
espalham-se, seguem a luz.
Eis que chega a hora de desabrochar,
tanto encantamento, cores, odores.
Gotas de orvalho refrescam, evaporam.
Há tanta beleza,cativa,
agregam olhares, desejos e buscas.
Não basta apreciar...
Cortam-lhe a vida,
Guardam belos e mortos botões.
E pétalas sem vida caem aos poucos.
Algumas acabam presas em livros,
guardando o segredo dos momentos.
Outras voltam para terra,
esperando renascer.
Pétalas que forram os pés
de tantas musas, amadas.
Cobrem a dor da despedida,
ritualizam o amor.
Deixam de ser vida, para dizerem caladas o que as palavras não falam mais.
dançam, se tocam, entrelaçam.
Noites e dias passam, é o tempo.
Deixam a mostra suas folhas
e até mesmo os espinhos.
Botões acenam singelos
espalham-se, seguem a luz.
Eis que chega a hora de desabrochar,
tanto encantamento, cores, odores.
Gotas de orvalho refrescam, evaporam.
Há tanta beleza,cativa,
agregam olhares, desejos e buscas.
Não basta apreciar...
Cortam-lhe a vida,
Guardam belos e mortos botões.
E pétalas sem vida caem aos poucos.
Algumas acabam presas em livros,
guardando o segredo dos momentos.
Outras voltam para terra,
esperando renascer.
Pétalas que forram os pés
de tantas musas, amadas.
Cobrem a dor da despedida,
ritualizam o amor.
Deixam de ser vida, para dizerem caladas o que as palavras não falam mais.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Colcha de retalhos
Já tentou imaginar quanto tempo se leva para costurar uma colcha de retalhos, como são escolhidos cada quadradinho, a organização do tempo, a dedicação, e no final o que todos veem é se ela é quentinha ou não.
Aprendi a observar o processo das coisas, olhar de professora de Ed. Infantil, que se encanta com avanços cotidianos, percebe no comportamento o progresso do outro.
Não tive disciplina para fazer uma colcha de retalhos, parei no começo e me arrependo, podia ter enfrentado minha ansiedade e ter ampliado a paciência. Mas aprendi que o processo das coisas, da vida, conta muito mais do que o resultado final, são nas pequenas ações espontâneas que moram os mais nobres sentimentos.
Cada quadradinho da colcha deve ter uma história para contar, um caminho percorrido, mas o fato de serem costurados uns aos outros os transformam em algo maior, viram grupo, comunicam-se nas cores e estampas.
Sinto-me como um retalho já costurado numa colcha inacabada, faltam tantos quadradinhos para terminar e fico só aguardando alguém com paciência para costurar-me aos outros tecidos e suas histórias.
Entre os retalhos não existem padrões, são apenas parte de um todo.
Uma colcha de retalhos é também o encontro dos refugados, tiras que sobraram, mas que juntas constroem padrões estéticos embuídos de sentimentos e escolhas.
Engraçada esta vida, num dia se é o retalho esquecido, no outro a manta que aquece...
E talves por isto me reste esperança de tirar do nada o tudo que tanto busco. talvez um dia costure uma colcha de retalhos e posso me transpor figurativamente de objeto para criador, ou só me sinta confortada por ter conseguido ir até o final, fazer o melhor possível.
Preciso deitar meu rosto no travesseiro fofinho e esquecer das coisas inacabadas, focar no processo e dormir em paz, me falta uma colcha quentinha cheia de histórias para confortar o presente, sinto o tecido desfiado da vida e dói remendar cada pedacinho.
Aprendi a observar o processo das coisas, olhar de professora de Ed. Infantil, que se encanta com avanços cotidianos, percebe no comportamento o progresso do outro.
Não tive disciplina para fazer uma colcha de retalhos, parei no começo e me arrependo, podia ter enfrentado minha ansiedade e ter ampliado a paciência. Mas aprendi que o processo das coisas, da vida, conta muito mais do que o resultado final, são nas pequenas ações espontâneas que moram os mais nobres sentimentos.
Cada quadradinho da colcha deve ter uma história para contar, um caminho percorrido, mas o fato de serem costurados uns aos outros os transformam em algo maior, viram grupo, comunicam-se nas cores e estampas.
Sinto-me como um retalho já costurado numa colcha inacabada, faltam tantos quadradinhos para terminar e fico só aguardando alguém com paciência para costurar-me aos outros tecidos e suas histórias.
Entre os retalhos não existem padrões, são apenas parte de um todo.
Uma colcha de retalhos é também o encontro dos refugados, tiras que sobraram, mas que juntas constroem padrões estéticos embuídos de sentimentos e escolhas.
Engraçada esta vida, num dia se é o retalho esquecido, no outro a manta que aquece...
E talves por isto me reste esperança de tirar do nada o tudo que tanto busco. talvez um dia costure uma colcha de retalhos e posso me transpor figurativamente de objeto para criador, ou só me sinta confortada por ter conseguido ir até o final, fazer o melhor possível.
Preciso deitar meu rosto no travesseiro fofinho e esquecer das coisas inacabadas, focar no processo e dormir em paz, me falta uma colcha quentinha cheia de histórias para confortar o presente, sinto o tecido desfiado da vida e dói remendar cada pedacinho.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Verdade
Primeira verdade na minha vida, minha mãe me ama.
Segunda verdade, minha filha me ama.
Terceira verdade, eu me amo.
O resto são como barquinhos de papel, lindo no começo, pode até flutuar por um tempo, mas afundam. Barquinhos de papel não trazem assinaturas, são frágeis e inseguros, servem para distrair, depois se perdem no tempo e viram apenas lembranças.
A verdade sempre aparece, seja no acaso, por um pressentimento, ou mesmo através dos olhos e reações que contam mais do que a covardia que cala.
Segunda verdade, minha filha me ama.
Terceira verdade, eu me amo.
O resto são como barquinhos de papel, lindo no começo, pode até flutuar por um tempo, mas afundam. Barquinhos de papel não trazem assinaturas, são frágeis e inseguros, servem para distrair, depois se perdem no tempo e viram apenas lembranças.
A verdade sempre aparece, seja no acaso, por um pressentimento, ou mesmo através dos olhos e reações que contam mais do que a covardia que cala.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Percepção do tempo
Engraçado como o tempo passa e continuamos a acreditar na eternidade dos momentos, e num belo dia basta olhar no espelho e ver que o tempo passou, aparecem marcas no rosto, cabelos brancos e a forma de ver o mundo muda. Descobre-se derrepente que dá para envelhecer dez anos num dia.
Ainda bem, imagino a vida se ficassemos esperando as mudanças que o tempo traz, não seria fácil viver.
O corpo muda, e com sorte ganha-se alguma sabedoria.
Percebi meu tempo passando, rápido, implacável e a sede que tinha já não me cabe mais, como as roupas e cabelos que perdem o corte.
Ainda bem, imagino a vida se ficassemos esperando as mudanças que o tempo traz, não seria fácil viver.
O corpo muda, e com sorte ganha-se alguma sabedoria.
Percebi meu tempo passando, rápido, implacável e a sede que tinha já não me cabe mais, como as roupas e cabelos que perdem o corte.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Relacionar-se
Como é complicado conviver, isso não é nenhuma novidade porém não consigo encontrar ninguém que saiba fazer isso sem sair arranhado pela presença do outro ou sem arranhar quem o cerca.
Existem tantas regras de convivência e tantas maneiras de esquecê-las na correria do cotidiano...Cada um discursa suas justificativas para atropelar quem de alguma forma atrapalha seus planos.
Num trânsito de buscas abandonamos princípios, sentimentos e vestimos o traje do carrasco, é só percebemos quando alguém grita reclamando por seus direitos invadidos pelos nossos desejos.
Nessa história toda não importa o que o outro vai sentir ou enfrentar, cada um mede seus problemas e se acha no direito de ferir para se defender...
Todos temos habilidades e dificuldades, escondemos e mostramos, mas algumas vezes não existe controle, ações explodem sem avisos.
Descobri a minha maior dificuldade...conviver! Sou inábil, desajeitada, despejo palavras, não disfarço meu sentir, fica estampado no meu rosto, reajo na hora e muitas vezes sem pensar. Isso me faz magoar, ferir quem não merece e confiar em quem não deveria.
Querer muito leva a assumir responsabilidades, arriscar-se.
É tão simples discursar sobre o assunto, complicado é fazer, conviver dói.
Existem tantas regras de convivência e tantas maneiras de esquecê-las na correria do cotidiano...Cada um discursa suas justificativas para atropelar quem de alguma forma atrapalha seus planos.
Num trânsito de buscas abandonamos princípios, sentimentos e vestimos o traje do carrasco, é só percebemos quando alguém grita reclamando por seus direitos invadidos pelos nossos desejos.
Nessa história toda não importa o que o outro vai sentir ou enfrentar, cada um mede seus problemas e se acha no direito de ferir para se defender...
Todos temos habilidades e dificuldades, escondemos e mostramos, mas algumas vezes não existe controle, ações explodem sem avisos.
Descobri a minha maior dificuldade...conviver! Sou inábil, desajeitada, despejo palavras, não disfarço meu sentir, fica estampado no meu rosto, reajo na hora e muitas vezes sem pensar. Isso me faz magoar, ferir quem não merece e confiar em quem não deveria.
Querer muito leva a assumir responsabilidades, arriscar-se.
É tão simples discursar sobre o assunto, complicado é fazer, conviver dói.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Leitura pra viajar
Alguns livros marcaram minha vida, foram companheiros em aventuras muito particulares com direito a transgressão e fantasia, mas reler um livro depois de anos e se encantar com a descoberta de minúcias que a adolescência não me permitiu ver não tem preço...
“Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!”
...
"E foi tão corpo que foi puro espírito. Atravessava os acontecimentos e as horas imaterial, esgueirando-se entre eles com a leveza de um instante."
“Sobretudo um dia virá em que todo meu movimento será criação, nascimento, eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer, que tudo o que eu for será sempre onde haja uma mulher com meu princípio, erguerei dentro de mim o que sou um dia, a um gesto meu minhas vagas se levantarão poderosas, água pura submergindo a dúvida, a consciência, eu serei forte como a alma de um animal e quando eu falar serão palavras não pensadas e lentas, não levemente sentidas, não cheias de vontade de humanidade, não o passado corroendo o futuro! O que eu disser soará fatal e inteiro!”
...
"E foi tão corpo que foi puro espírito. Atravessava os acontecimentos e as horas imaterial, esgueirando-se entre eles com a leveza de um instante."
PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM
Clarisse Lispector
domingo, 5 de setembro de 2010
Desencantamento
Queria ser tomada, dominada por uma força maior que me fizesse cair de joelhos, desafiar o destino, fazer algo impensável, gritar no meio da praça as verdades que ninguém deseja ouvir, ser Clarisse Lispector com a caneta na mão. Que angústia esta falta do que pensar, não existe novidade, tudo se repete numa constância de não existir.
Minhas leituras me transportam por segundos, mas meus olhos não conseguem manter o fascínio na realidade, parece que o mundo ficou desbotado, passaram borracha nas linhas, ficaram borrões e sombras.
Sou uma insatisfeita, que saco, seria qualidade não fosse meu hábito de deixar as pessoas coladas ao momento vivido, algumas congeladas no passado outras meio mortas no presente, vejo mas não me encanto.
Vou ser bruxa, fazer poções mágicas pra me encantar, ficar apaixonada pela vida por prazos inderteminados... E talvez só assim passe o marasmo, não espero grandes surpresas, os fatos já mostram que o terreno não é sólido.
Minhas leituras me transportam por segundos, mas meus olhos não conseguem manter o fascínio na realidade, parece que o mundo ficou desbotado, passaram borracha nas linhas, ficaram borrões e sombras.
Sou uma insatisfeita, que saco, seria qualidade não fosse meu hábito de deixar as pessoas coladas ao momento vivido, algumas congeladas no passado outras meio mortas no presente, vejo mas não me encanto.
Vou ser bruxa, fazer poções mágicas pra me encantar, ficar apaixonada pela vida por prazos inderteminados... E talvez só assim passe o marasmo, não espero grandes surpresas, os fatos já mostram que o terreno não é sólido.
Preferências
E bastava dizer que os mundos não se encontrariam, que as mentes não se sintonizam, mas tudo é dito de forma sutil e fica quase impossível ler diante de tanto receio de se mostrar, quem sabe o que habita atrás daquelas palavras tortas.
Cada olhar que escapava deixava um cheiro de jasmim no ar, tão leve que confundia dava esperança, seria medo ou incapacidade de sentir, e no jogo de gato e rato chegava a hora de abater a presa.
As preferências dela já esquecidas, guardadas nas gavetas longe dos olhos e da poeira que cobria sua alma tão cansada de desiludir-se, restavam fatos coisas que seus olhos fotografavam, imagens que se repetiam nos sonhos cada dia mais raros.
Num despertar repentino olhou-se, viu que restava encanto, que seu corpo abrigava calor, que seu caminhar ainda era uma dança, que a platéia estava lá, era só a poeira do seu não fazer que a impediu de ver os que a olhavam, foi preciso alguém gritar, rubrar seu rosto para que se descobrisse flor recém desabrochada, explendida, desejada.
Esquecera as palavras mornas, ouvia o arder da platéia, mas não queria ser diva bastava ser humana, entretanto carecia daquele calor, fazia frio há tanto tempo...
Seu cansaso com a espera, foi substituído por um desejo alucinado de ser livre, Frida khalo com pincéis na mão, muitas Marias com poeira nos pés, e nada do que fosse dito poderia fazê-la retroceder. As palavras não eram mais sua busca, cansara-se de esperá-las.
Não haveriam naves para resgatá-la, nem cavaleiros empunhando espadas, seriam passos na estrada, caminho definido, mesmo com frio na barriga ela não olharia para trás, estava convencida e demorou tanto que seria um pecado retroceder.
Nas suas fases de Lua encontrava-se nova, alguns poderiam vê-la durante o dia brilhando, outros notariam sua ausência durante a noite, mas ela sabia que o momento é de seguir para a fase crescente, ir aos poucos mas sem paradas, as preferências agoram eram só suas.
Cada olhar que escapava deixava um cheiro de jasmim no ar, tão leve que confundia dava esperança, seria medo ou incapacidade de sentir, e no jogo de gato e rato chegava a hora de abater a presa.
As preferências dela já esquecidas, guardadas nas gavetas longe dos olhos e da poeira que cobria sua alma tão cansada de desiludir-se, restavam fatos coisas que seus olhos fotografavam, imagens que se repetiam nos sonhos cada dia mais raros.
Num despertar repentino olhou-se, viu que restava encanto, que seu corpo abrigava calor, que seu caminhar ainda era uma dança, que a platéia estava lá, era só a poeira do seu não fazer que a impediu de ver os que a olhavam, foi preciso alguém gritar, rubrar seu rosto para que se descobrisse flor recém desabrochada, explendida, desejada.
Esquecera as palavras mornas, ouvia o arder da platéia, mas não queria ser diva bastava ser humana, entretanto carecia daquele calor, fazia frio há tanto tempo...
Seu cansaso com a espera, foi substituído por um desejo alucinado de ser livre, Frida khalo com pincéis na mão, muitas Marias com poeira nos pés, e nada do que fosse dito poderia fazê-la retroceder. As palavras não eram mais sua busca, cansara-se de esperá-las.
Não haveriam naves para resgatá-la, nem cavaleiros empunhando espadas, seriam passos na estrada, caminho definido, mesmo com frio na barriga ela não olharia para trás, estava convencida e demorou tanto que seria um pecado retroceder.
Nas suas fases de Lua encontrava-se nova, alguns poderiam vê-la durante o dia brilhando, outros notariam sua ausência durante a noite, mas ela sabia que o momento é de seguir para a fase crescente, ir aos poucos mas sem paradas, as preferências agoram eram só suas.
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Desabafo
Queria poder dividir o fardo, mas escrever ainda é uma forma de aliviar a tensão...
Não me acostumo com a falta de amor, com o descaso, o abandono.
Aqueles olhos brilhantes e o sorriso franco me cortam a alma, tão pequena e devastadora no seu sofrimento e ainda capaz de sorrir. Que mundo é este que permite tanta crueldade?
A água turva que escorria naquele banho lavava a sujeira e aliviava o calor, mas também gritava socorra-me.
Cada ferida na pele lembrava-me que as cicatrizes são bem maiores por dentro.
Mãos tão pequenas encobertas pela poeira acumulada, pés pretos que carregam uma história que ela nem sabe contar.Tudo fica emaranhado, como aqueles cabelos finos tomados pelos piolhos e carrapatos, feridos na raíz.
Nada que meus olhos já viram me fragilizaram tanto. Como se recebesse chibatadas a cada afago que recebia por me sentir tão incapaz.
Um ciclo vicioso, de desamor, de caminhos tortuosos que tantos passam e outros tantos veem e se compadessem mas continuam seu caminhar alheios uns dos outros.
E por dentro da minha casca me deparo com sentimentos tão confusos, estou cansada e perdida, cada passo demora tanto.
Queria poder tanto, mas o alcance das minhas mãos é tão pequeno...
Não me acostumo com a falta de amor, com o descaso, o abandono.
Aqueles olhos brilhantes e o sorriso franco me cortam a alma, tão pequena e devastadora no seu sofrimento e ainda capaz de sorrir. Que mundo é este que permite tanta crueldade?
A água turva que escorria naquele banho lavava a sujeira e aliviava o calor, mas também gritava socorra-me.
Cada ferida na pele lembrava-me que as cicatrizes são bem maiores por dentro.
Mãos tão pequenas encobertas pela poeira acumulada, pés pretos que carregam uma história que ela nem sabe contar.Tudo fica emaranhado, como aqueles cabelos finos tomados pelos piolhos e carrapatos, feridos na raíz.
Nada que meus olhos já viram me fragilizaram tanto. Como se recebesse chibatadas a cada afago que recebia por me sentir tão incapaz.
Um ciclo vicioso, de desamor, de caminhos tortuosos que tantos passam e outros tantos veem e se compadessem mas continuam seu caminhar alheios uns dos outros.
E por dentro da minha casca me deparo com sentimentos tão confusos, estou cansada e perdida, cada passo demora tanto.
Queria poder tanto, mas o alcance das minhas mãos é tão pequeno...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Pequenas alegrias
Visitar a Bienal do livro é no mínimo uma delícia, conseguir encontar livros que há muito queria comprar e melhor levá-los para casa é algo que no momento pode ser comparado a ter um orgasmo múltiplo. Tenho me contentado com pequenas coisas, e descobri que para ser feliz tenho que contar com minha ajuda, não dá pra ficar contabilizando as mancadas alheias e levantar bandeira de coitadinha por muito tempo, isto realmente não combina comigo.
Terminar um trabalho e entregá-lo com ajuda de pessoas que não esperava foi outra pequena alegria que me reservei.
Descobrir que posso voltar a rir das besteiras que faço, e rir muito das que pude evitar me reservaram nesta semana outras pequenas alegrias.
Nada de arrependimentos, as merdas que fiz ficarão quietinhas afinal quanto mais se mexe mais elas fedem!
Frio serve para brincar de robozinho, se encher de camadas de roupa, tomar vinho barato e comer muito...feijoada, caldo de mocotó, chocolate e dormir agarradinha com minha filha cheirosa.
Calor serve para secar a roupa, limpar a casa, ver a poeira subir, as crianças correrem, tomar refrigerante gelado e dançar.
Temperaturas instáveis servem para deixar o tempo passar, seguir o rumo, tirar e colocar agasalhos, carregar o que puder e entender que nem tudo tem controle.
Pequenas alegrias me bastam neste momento, são todas minhas, e assim plena de instantes sigo o caminho.
Basta ligar o music player, desconestar do planeta, seguir para dentro e se tudo cair em volta posso até brincar de montar os caquinhos, só vejo pequenas alegrias dançando no meu mundo.
Terminar um trabalho e entregá-lo com ajuda de pessoas que não esperava foi outra pequena alegria que me reservei.
Descobrir que posso voltar a rir das besteiras que faço, e rir muito das que pude evitar me reservaram nesta semana outras pequenas alegrias.
Nada de arrependimentos, as merdas que fiz ficarão quietinhas afinal quanto mais se mexe mais elas fedem!
Frio serve para brincar de robozinho, se encher de camadas de roupa, tomar vinho barato e comer muito...feijoada, caldo de mocotó, chocolate e dormir agarradinha com minha filha cheirosa.
Calor serve para secar a roupa, limpar a casa, ver a poeira subir, as crianças correrem, tomar refrigerante gelado e dançar.
Temperaturas instáveis servem para deixar o tempo passar, seguir o rumo, tirar e colocar agasalhos, carregar o que puder e entender que nem tudo tem controle.
Pequenas alegrias me bastam neste momento, são todas minhas, e assim plena de instantes sigo o caminho.
Basta ligar o music player, desconestar do planeta, seguir para dentro e se tudo cair em volta posso até brincar de montar os caquinhos, só vejo pequenas alegrias dançando no meu mundo.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Frases soltas...
Se minha cabeça fosse um HD de computador poderia jurar que ela estaria infectada por um cavalo de tróia daqueles bem devastadores... As janelinhas dos programas estão lentas, quando mais preciso trava, demora para ligar e também para desligar, e o pior não está a venda um programa para reinstalar o que estava armazenado.
Duas soluções me ocorrem, primeiro descobrir o meu anti-vírus e segundo instalar um novo programa e esquecer tudo que foi perdido.
Seria tão simples...pena que não sou uma máquina.
"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."
Clarice Lispector
Frases soltam dançam num ritmo alucinado, um baile solitário onde só elas dançam. O resto é só poeira nascida para confundir e sufocar.
Duas soluções me ocorrem, primeiro descobrir o meu anti-vírus e segundo instalar um novo programa e esquecer tudo que foi perdido.
Seria tão simples...pena que não sou uma máquina.
"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."
Clarice Lispector
Frases soltam dançam num ritmo alucinado, um baile solitário onde só elas dançam. O resto é só poeira nascida para confundir e sufocar.
sábado, 7 de agosto de 2010
Num tempo em que a macarronada me fazia feliz!
Sinto saudade da minha infância, dos dias longos, dos almoços de domingo com a família reunida na mesa para devorar a macarronada com ovos cozidos enfeitando, frango frito e coca-cola de garrafa.
Passava a semana esperando para sentir aquele cheirinho, ver minha mãe arrumando a toalha e colocando as travessas na mesa. Lembro do meu prato de esmalte, da colher, e do colorido da mesa... via meus pais tão alegres por estarem em casa e não entendia direito, só ficava feliz de tabela e pronto!
Fica cada vez mais difícil me alegrar com o simples, aprendi a cultivar o desencanto.
Saudade deste doce tempo, saudade da alegria pura sem longas esperas, de ser só filha e ter como única preocupação a de pegar antes o pedaço de peito do frango que tinha o ossinho da sorte, não sabia o caminho daquela comida mágica, não sabia analisar nada, saboreava, sentia e limpava o prato e era tão feliz assim de forma tão simples,
Passava a semana esperando para sentir aquele cheirinho, ver minha mãe arrumando a toalha e colocando as travessas na mesa. Lembro do meu prato de esmalte, da colher, e do colorido da mesa... via meus pais tão alegres por estarem em casa e não entendia direito, só ficava feliz de tabela e pronto!
Fica cada vez mais difícil me alegrar com o simples, aprendi a cultivar o desencanto.
Saudade deste doce tempo, saudade da alegria pura sem longas esperas, de ser só filha e ter como única preocupação a de pegar antes o pedaço de peito do frango que tinha o ossinho da sorte, não sabia o caminho daquela comida mágica, não sabia analisar nada, saboreava, sentia e limpava o prato e era tão feliz assim de forma tão simples,
terça-feira, 3 de agosto de 2010
E que o véu proteja meus pensamentos
Que meus olhos vislubrem respostas
Mesmo aquelas que me assustam ao cair da noite.
Flores, pétalas, luz e perfume.
Cair e brotar numa dança do tempo.
Me desvendo, viro avesso,
semeada.
Canto não, sussurro sim.
Pétala por pétala, parte por parte...
Revoam abelhas e borboletas,
aguardo o outono.
E assim sem saber ainda, prevejo o tempo,
invento respostas, traços e cheiros.
E ser for sim...
E se for não...
E se a resposta for só confirmação?
E que o véu de flores proteja meus pensamentos.
Shirlei
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Fatos serão sempre fatos
Parece que algumas palavras tornam a vida mais bela, deixam um ar de quietude e permitem aos sonhadores acreditar, mas tudo isso é ilusão.
Fatos contam mais do que palavras...
Quando alguém diz que te ama, é possível que a pessoa em questão acredite nisso mas e suas atitudes, elas correspondem ao que foi dito? Pensei em algumas frases populares muito sábias por sinal, uma delas:
"Amor só de mãe!"
Pensei no que realmente isso quer dizer, mãe é aquela que cuida, proteje, acompanha, incentiva, acredita, compartilha, vê beleza onde outros nem descofiam que ela exista, compreende, respeita, ensina.
Até agora não me deparei com um relacionamento de casais que consiga reunir todas estas qualidades, se é que dá para nomear assim.
Ações gritam alto, palavras voam com o vento.
Pessoas fortes são analisadas por suas atitudes diante das situações cotidianas, nem sempre suas palavras correspondem ao que sentem, mas suas ações deixam carimbado no ar que habitam a essência do que realmente são.
Ser capaz de organizar a própria vida não significa ausência de medo, necessidade de amparo, não existem pessoas auto-suficientes.
Perguntas que não calam...
As ações das pessoas que me cercam são pautadas em que sentimentos?
As palavras que escuto são verdadeiras ou apenas um emaranhado de letras cantadas para seduzir meu coração?
Tenho direito de julgar? Como será que me julgam?
Que imagens posso ler nas cenas do cotidiano?
Os fatos, que palavras me dizem? E as palavras correspondem aos fatos?
No meio de um labirinto de palavras me perco, escuto o som que emitem, esbarro nos muros dos fatos, e a névoa que antes se dissipava agora é densa.
Um não pode vir vestido de descaso, e nem precisa da pronúncia para deixar claro que ele existe.
Mais perólas da sabedoria popular...
"Quem ama cuida!"
"Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca."
"A palavra vale prata, o silêncio vale ouro!"
"Mais vale um pássaro na mão do que dois voando."
Fatos contam mais do que palavras...
Quando alguém diz que te ama, é possível que a pessoa em questão acredite nisso mas e suas atitudes, elas correspondem ao que foi dito? Pensei em algumas frases populares muito sábias por sinal, uma delas:
"Amor só de mãe!"
Pensei no que realmente isso quer dizer, mãe é aquela que cuida, proteje, acompanha, incentiva, acredita, compartilha, vê beleza onde outros nem descofiam que ela exista, compreende, respeita, ensina.
Até agora não me deparei com um relacionamento de casais que consiga reunir todas estas qualidades, se é que dá para nomear assim.
Ações gritam alto, palavras voam com o vento.
Pessoas fortes são analisadas por suas atitudes diante das situações cotidianas, nem sempre suas palavras correspondem ao que sentem, mas suas ações deixam carimbado no ar que habitam a essência do que realmente são.
Ser capaz de organizar a própria vida não significa ausência de medo, necessidade de amparo, não existem pessoas auto-suficientes.
Perguntas que não calam...
As ações das pessoas que me cercam são pautadas em que sentimentos?
As palavras que escuto são verdadeiras ou apenas um emaranhado de letras cantadas para seduzir meu coração?
Tenho direito de julgar? Como será que me julgam?
Que imagens posso ler nas cenas do cotidiano?
Os fatos, que palavras me dizem? E as palavras correspondem aos fatos?
No meio de um labirinto de palavras me perco, escuto o som que emitem, esbarro nos muros dos fatos, e a névoa que antes se dissipava agora é densa.
Um não pode vir vestido de descaso, e nem precisa da pronúncia para deixar claro que ele existe.
Mais perólas da sabedoria popular...
"Quem ama cuida!"
"Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca."
"A palavra vale prata, o silêncio vale ouro!"
"Mais vale um pássaro na mão do que dois voando."
terça-feira, 20 de julho de 2010
Dia 20 de julho
A postagem de hoje é uma homenagem, uma amiga muito especial passa a ser mãe, ser tão pleno que carrega força e fragilidade dentro do mesmo coração.
Fabi não posso estar perto, a vida capitalista, o excesso de responsabilidades me impedem de estar fisicamente ao seu lado, mas fiz minhas orações e continuarei a fazê-las para que tudo ocorra bem.
Parabéns pela dádiva que alimentará em seu peito e embalará nos seus braços.
Seja bem vinda Maria Luiza, o mundo te aguarda cheio de amor e aprendizado!!!
O dia 20 também é o dia do amigo, e quando algo acontecer e não for possível conter as palavras, lágrimas ou sorrisos a melhor coisa a se fazer é buscar um amigo, pode ser aquele de todos os dias, ou os que ficam distantes prontos para reaparecer no momento necessário, mas o que é fundamental é ter amigos, não importa a quantidade ou a localização, o que realmente importa são os sentimentos ofertados.
Fabi não posso estar perto, a vida capitalista, o excesso de responsabilidades me impedem de estar fisicamente ao seu lado, mas fiz minhas orações e continuarei a fazê-las para que tudo ocorra bem.
Parabéns pela dádiva que alimentará em seu peito e embalará nos seus braços.
Seja bem vinda Maria Luiza, o mundo te aguarda cheio de amor e aprendizado!!!
O dia 20 também é o dia do amigo, e quando algo acontecer e não for possível conter as palavras, lágrimas ou sorrisos a melhor coisa a se fazer é buscar um amigo, pode ser aquele de todos os dias, ou os que ficam distantes prontos para reaparecer no momento necessário, mas o que é fundamental é ter amigos, não importa a quantidade ou a localização, o que realmente importa são os sentimentos ofertados.
sábado, 17 de julho de 2010
Bordados, tecidos, linhas e o tempo.
Separei algumas caixas, abri com cuidado e resgatei do passado planos abandonados, coisas que me encantaram e por algum motivo precisaram ser guardadas, revirando tecidos, agulhas, aviamentos e linhas descobri mais do que esperava. Engraçado como alguns objetos conversam com o dono, relembram conversas, aquelas que temos com quem não pode verbalizar uma resposta esperando que a pronúncia seja interna.
Me deparei com um tecido de etamine, já embanhado, com boa parte do bordado adiantada, dobrado dentro de um saco plástico, as meadas de linha também estavam juntas e uma agulha sem ponta própria para bordar já enferrujada pelo tempo, observando os materiais tentei imaginar quais motivos me levaram a abandonar um trabalho quase pronto. Foram necessários alguns minutos para relembrar a época em que foi começado, foram dez anos de repouso dentro do saco plástico até o reencontro.
Segurei o tecido, deslizei os dedos pelas linhas já incorporadas na trama, o toque me remeteu ao passado, agora sabia o motivo de estar ali, frente ao companheiro de longas noites de insônia...Quando não se sabe o caminho para resolver alguns problemas uma forma de descobri-los é ausentar-se, pesquisar as causas e pensar.
Cada ponto traçado naquele tecido amarelado pelo tempo tinha um sentido, e hoje desperto após anos de sobrevivência me serve de abrigo, retorno ao ir e vir de linhas, tento novamente resgatar algo que cabe somente a mim.
Terminei o bordado, foram dez anos esperando para fechar um ciclo, iniciarei outros, espero conseguir terminá-los em menor tempo.
Organizar minhas caixas, me organizar por dentro, ficar com o que é realmente necessário, ter coragem para me disfazer do que não cabe mais apesar do apêgo, concluir o que foi começado, escolher com racionalidade o que será feito para não buscar o que não posso ter. Bordar, mergulhar no meu avesso e ver o que escondo até de mim, lembrando que os pontos devem ser firmes, contados, precisos e que ao terminar uma peça pode-se começar outra.
Descobri porque os guardei por tanto tempo, antes não era necessário abrir aquelas caixas para trazer-me de volta.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Raízes
Outro dia conversando com minha mãe descobri que ela havia enterrado meu umbigo embaixo de um pé de ameixa que existia no quintal da minha casa. Não sei bem ao certo de onde vem este costume, mas reza a crença que onde o umbigo é enterrado a pessoa cria raízes.
Quando paro e me imagino longe da minha casa me sinto desconfortável, acabo sempre voltando.
Olho as árvores e me sinto tão próxima, somos parecidas em alguns pontos, temos necessidade de chão firme para ter segurança, não nos incomodamos em doar frutos, mas tem que saber esperar a florada, e entender o período de deixar cair as folhas.
Uma vez um colega me disse que eu me comportava como um carvalho, fiquei dias pensando na comparação dele e fui obrigada a questionar, a explicação entrou nos meus ouvidos como facas afiadas, quase me quebrando, ele tinha razão em muita coisa, desde então tenho tentado me curvar como junco, mas é árduo lutar contra a própria natureza.
Não sei ser errante, me dói a incerteza, preciso de terra, água e luz, tudo no seu devido lugar.
Deixo as incertezas para a minha mania de sentir, ressentir e esquecer, como água que entra pelas raízes, percorre o tronco, dança nas folhas e evapora, some, assim como chega se despede, sem maiores avisos ou cerimônias.
De resto preciso de certezas, para não ficar maluca e perder as folhas na época errada.
Quando paro e me imagino longe da minha casa me sinto desconfortável, acabo sempre voltando.
Olho as árvores e me sinto tão próxima, somos parecidas em alguns pontos, temos necessidade de chão firme para ter segurança, não nos incomodamos em doar frutos, mas tem que saber esperar a florada, e entender o período de deixar cair as folhas.
Uma vez um colega me disse que eu me comportava como um carvalho, fiquei dias pensando na comparação dele e fui obrigada a questionar, a explicação entrou nos meus ouvidos como facas afiadas, quase me quebrando, ele tinha razão em muita coisa, desde então tenho tentado me curvar como junco, mas é árduo lutar contra a própria natureza.
Não sei ser errante, me dói a incerteza, preciso de terra, água e luz, tudo no seu devido lugar.
Deixo as incertezas para a minha mania de sentir, ressentir e esquecer, como água que entra pelas raízes, percorre o tronco, dança nas folhas e evapora, some, assim como chega se despede, sem maiores avisos ou cerimônias.
De resto preciso de certezas, para não ficar maluca e perder as folhas na época errada.
domingo, 11 de julho de 2010
Tristeza na poesia
Tem gente que chora quando fica triste, busca abraços, remexe as caixas do passado, rasga mensagens que o tempo transformou em papel amarelado, rabiscos sem sentido. Tem gente que se tranca no quarto escuta suas músicas preferidas, come muito chocolate e fica em silêncio tentando ouvir sua própria voz.
Também sou dessas pessoas, mas tudo isto não me basta, preciso das palavras, busco na poesia a voz que não ouço no meu silêncio.
Devoro as palavras, preencho o vazio com o sentir que a poesia é capaz de despertar.
Não sei ser triste, me falta capacidade de saber entristecer, é algo que me visita, e tão logo chega já vai se despedindo...Deve ser fruto da minha natureza inconstante.
Na poesia descubro caminhos, percorro cenários, desfaço meus castelos de areia e deixo o vento se encarregar de transformar a paisagem.
Me falta disciplina para ser realmente triste, intensa no sentir, distraio-me na ironia, no sarcasmo voraz.
Soneto da separação
"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
Vinícius de Moraes
Também sou dessas pessoas, mas tudo isto não me basta, preciso das palavras, busco na poesia a voz que não ouço no meu silêncio.
Devoro as palavras, preencho o vazio com o sentir que a poesia é capaz de despertar.
Não sei ser triste, me falta capacidade de saber entristecer, é algo que me visita, e tão logo chega já vai se despedindo...Deve ser fruto da minha natureza inconstante.
Na poesia descubro caminhos, percorro cenários, desfaço meus castelos de areia e deixo o vento se encarregar de transformar a paisagem.
Me falta disciplina para ser realmente triste, intensa no sentir, distraio-me na ironia, no sarcasmo voraz.
Soneto da separação
"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
Vinícius de Moraes
ISSO É MUITA SABEDORIA
"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Parece mar
Que imensidão é essa?
Tão vasto, de horizonte distante...
Que sensação é essa?
Uma saudade que nem sei ao certo do que sinto falta...
Seriam simples as conclusões não fosse tudo tão intenso como ondas no mar que oscilam nas marés, passam pela costa e terminam na areia, espumantes numa dança de ir e vir sem fim.
E esse frio que percorre o corpo, como a água que toca a ponta dos dedos e brinca na pele sem dar-se conta do poder que tem... Sensações confusas, que dançam na minha cabeça, em ondas que mantém um ritmo lento, pertubadoras e necessárias, sem elas a dança das marés deixaria de existir e minha saudade do que desconheço também.
Trata-se de ver o mar a minha frente, descobrir a profundidade, extensão e os perigos que posso encontrar.
Seria uma canoa com remos pequenos, á deriva numa manhã de sol acompanhando o passar das horas entregue ao acaso enquanto os braços descassam exaustos de tanto tentar direcionar para um caminho incerto.
Seria uma gaivota sobrevoando a costa, compondo a paisagem sem ao menos tocar a superfície, contemplar é sua missão, e entregue ao sabor do vento tocar com as asas o que os olhos não podem ver.
Seria apenas espuma, água e sal numa mistura, num caminhar sobre pedras e areias, com destino certo de sumir na praia depois de tanto viver e sentir.
Seria uma mulher que se confunde com o cotidiano, e suas repetições que questionam tanto o sentir tornando o alheio tão fascinante.
Seria apenas eu, não fosse o fato de tantos existirem, seres de carne e osso, e outros que habitam o meu querer projetados num mundo tão belo e inalcansável.
Seria qualquer coisa... Mas tudo parece mar, num ir e vir sem fim!
Shirlei
Tão vasto, de horizonte distante...
Que sensação é essa?
Uma saudade que nem sei ao certo do que sinto falta...
Seriam simples as conclusões não fosse tudo tão intenso como ondas no mar que oscilam nas marés, passam pela costa e terminam na areia, espumantes numa dança de ir e vir sem fim.
E esse frio que percorre o corpo, como a água que toca a ponta dos dedos e brinca na pele sem dar-se conta do poder que tem... Sensações confusas, que dançam na minha cabeça, em ondas que mantém um ritmo lento, pertubadoras e necessárias, sem elas a dança das marés deixaria de existir e minha saudade do que desconheço também.
Trata-se de ver o mar a minha frente, descobrir a profundidade, extensão e os perigos que posso encontrar.
Seria uma canoa com remos pequenos, á deriva numa manhã de sol acompanhando o passar das horas entregue ao acaso enquanto os braços descassam exaustos de tanto tentar direcionar para um caminho incerto.
Seria uma gaivota sobrevoando a costa, compondo a paisagem sem ao menos tocar a superfície, contemplar é sua missão, e entregue ao sabor do vento tocar com as asas o que os olhos não podem ver.
Seria apenas espuma, água e sal numa mistura, num caminhar sobre pedras e areias, com destino certo de sumir na praia depois de tanto viver e sentir.
Seria uma mulher que se confunde com o cotidiano, e suas repetições que questionam tanto o sentir tornando o alheio tão fascinante.
Seria apenas eu, não fosse o fato de tantos existirem, seres de carne e osso, e outros que habitam o meu querer projetados num mundo tão belo e inalcansável.
Seria qualquer coisa... Mas tudo parece mar, num ir e vir sem fim!
Shirlei
sábado, 3 de julho de 2010
Alegria
Passei as últimas semanas torcendo pela seleção brasileira, contente por ter um momento em família para fazer algo juntos, mas o Brasil perdeu, porém ainda sobram algumas alegrias, assistir o belo jogo da Alemanha contra a Argentina, e os 4 gols para lavar a alma de muitos torcedores como eu que já estavamos cansados da marra do brilhante treinador deles.
Alegria continua, agora é acompanhar os jogos da Copa e torcer para os times bem preparados que conseguiram chegar as semi-finais.
O Brasil perdeu, mas a Argentina também, então está tudo tranquilo, sentirei falta da fúria do Dunga, das encenações do Maradona, mas o que há de se fazer!?!
Alegria continua, agora é acompanhar os jogos da Copa e torcer para os times bem preparados que conseguiram chegar as semi-finais.
O Brasil perdeu, mas a Argentina também, então está tudo tranquilo, sentirei falta da fúria do Dunga, das encenações do Maradona, mas o que há de se fazer!?!
domingo, 27 de junho de 2010
Despedida de um sonho
Os sonhos nascem dos desejos, insistem em projetar imagens
Bastar cerrar os olhos, e pairar nas paisagens.
Desejos fazem parte das idéias, sonhos do incontrolável.
Dolorosa esta missão de deixar um sonho.
Alguns não são possíveis, a realidade é incontestável.
Arrancar do peito o que pulsa, trancar no passado o que não cabe mais.
Despedir-se traz a sensação de final.
E nem sempre eles são felizes.
É preciso fechar os olhos e tentar não ver.
Estabelecer prazos, prioridades, racionalizar.
Manter-se firme para não voltar a crer.
Cravar a estaca no peito, sem arrependimentos.
Despedir-se do sonho, deixar tudo limpo.
E no meio do vazio, erguer novos desejos.
Fazer outros pedidos, soltar os sentimentos.
E se o novo sonho ficar pesado...
Despedir-se novamente!
Para isto existe o passado.
Abrigo imortal dos sonhos abandonados.
Shirlei
Bastar cerrar os olhos, e pairar nas paisagens.
Desejos fazem parte das idéias, sonhos do incontrolável.
Dolorosa esta missão de deixar um sonho.
Alguns não são possíveis, a realidade é incontestável.
Arrancar do peito o que pulsa, trancar no passado o que não cabe mais.
Despedir-se traz a sensação de final.
E nem sempre eles são felizes.
É preciso fechar os olhos e tentar não ver.
Estabelecer prazos, prioridades, racionalizar.
Manter-se firme para não voltar a crer.
Cravar a estaca no peito, sem arrependimentos.
Despedir-se do sonho, deixar tudo limpo.
E no meio do vazio, erguer novos desejos.
Fazer outros pedidos, soltar os sentimentos.
E se o novo sonho ficar pesado...
Despedir-se novamente!
Para isto existe o passado.
Abrigo imortal dos sonhos abandonados.
Shirlei
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Pedido
Que meu sentir seja intenso, mas deixe espaço para pensar.
Que exista a saudade, mas também o retorno para que as lágrimas não me acompanhem constantemente.
Que meu encantamento com o simples não desapareça, para poder aproveitar a beleza do cotidiano.
Que eu possa acreditar, mesmo tendo motivos para desistir.
Que mantenha minha essência em meio a turbulência.
Que o amor seja minha inspiração para sorrir, mesmo que seja das trapalhadas que venha a fazer.
Peço alegria, coragem e sabedoria e assim poderei fazer do meu presente um presente.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Memórias da alma
Caminhava apressada para chegar na minha casa depois de um dia atribulado e comecei a relembrar fatos da minha infância, doces memórias que me remeteram as doces paisagens do sitio da minha avó.
A mina d'agua era misteriosa, fonte que brotava no chão e me hipnotizava por horas em busca de respostas que até hoje não encontrei, o fluir da água levava meu pensamento por viagens ao desconhecido me fazia virar pássaro, ser livre que voa ao sabor do vento. A água gelada e límpida que brotava no meio do chão era a prova de que magia existia, bastava saber olhar, e dizem que água não tem sabor, provavelmente não experimentaram aquela, não da forma que eu saboreava cada gole da fonte misteriosa.
E o dançar das copas, folhas com verdes variados que espalhavam seu perfume pelo ar, tão vivas e únicas que os o simples percorrer dos olhos pela imponência dos seus troncos me esticavam e alteravam minha forma, passava a ser grande, uma gigante de raízes.Subir naqueles troncos e colher os frutos dos abacateiros e mangueiras nos ligavam num só ser , fruto que alimenta, semente que retorna ao solo e se refaz numa nova vida, criança que alimenta o corpo e enriquece a alma.
E o solo, quantas cores pode ter a terra? Confesso até hoje não posso responder, e as texturas, argila branca e macia, colhida no leito do córrego de águas mágicas, dançavam nas palmas e viravam bailarinas, princesas de barro, não precisavam endurecer como nos acontece com o passar dos anos, bastava retornar para a água e renascer macias e maleáveis prontas para bailar. Calcários que misturavam nuances variadas de amarelos e vermelhos, alegres e vivos, uns arranhavam quando pressionados e outros simplesmente deslizavam entre os dedos e viravam poeira multicor.
O cacarejar das galinhas, o milho espalhado no terreiro e a imagem da minha avó um ser tão imponente que foi moldado num corpo pequeno e magro para lhe deixar ainda mais surpreendente, uma orquestra da natureza, canção simples que marcava o passar do tempo e ritualizava a permissão para brincar.
O céu estrelado, o medo das verrugas por apontar as graciosas luzes no infinito, o som do violão ao lado do fogão de lenha, o calor da família reunida repetindo os causos que despertavam tanto...
Eram férias, mas também eram reencontros, aprendizagens e fantasia.
Saudade da minha infância, nem sabia o que era poesia mas já a sentia, apreciava e vivia dela.
São memórias da minh'alma que em meio a solidão do caos confortam, recriam e inspiram.
E no sítio Boa Vista descobri que olhar não é coisa pra se fazer só com os olhos, precisa usar a mão, o nariz, a boca, a alma e o coração.
A mina d'agua era misteriosa, fonte que brotava no chão e me hipnotizava por horas em busca de respostas que até hoje não encontrei, o fluir da água levava meu pensamento por viagens ao desconhecido me fazia virar pássaro, ser livre que voa ao sabor do vento. A água gelada e límpida que brotava no meio do chão era a prova de que magia existia, bastava saber olhar, e dizem que água não tem sabor, provavelmente não experimentaram aquela, não da forma que eu saboreava cada gole da fonte misteriosa.
E o dançar das copas, folhas com verdes variados que espalhavam seu perfume pelo ar, tão vivas e únicas que os o simples percorrer dos olhos pela imponência dos seus troncos me esticavam e alteravam minha forma, passava a ser grande, uma gigante de raízes.Subir naqueles troncos e colher os frutos dos abacateiros e mangueiras nos ligavam num só ser , fruto que alimenta, semente que retorna ao solo e se refaz numa nova vida, criança que alimenta o corpo e enriquece a alma.
E o solo, quantas cores pode ter a terra? Confesso até hoje não posso responder, e as texturas, argila branca e macia, colhida no leito do córrego de águas mágicas, dançavam nas palmas e viravam bailarinas, princesas de barro, não precisavam endurecer como nos acontece com o passar dos anos, bastava retornar para a água e renascer macias e maleáveis prontas para bailar. Calcários que misturavam nuances variadas de amarelos e vermelhos, alegres e vivos, uns arranhavam quando pressionados e outros simplesmente deslizavam entre os dedos e viravam poeira multicor.
O cacarejar das galinhas, o milho espalhado no terreiro e a imagem da minha avó um ser tão imponente que foi moldado num corpo pequeno e magro para lhe deixar ainda mais surpreendente, uma orquestra da natureza, canção simples que marcava o passar do tempo e ritualizava a permissão para brincar.
O céu estrelado, o medo das verrugas por apontar as graciosas luzes no infinito, o som do violão ao lado do fogão de lenha, o calor da família reunida repetindo os causos que despertavam tanto...
Eram férias, mas também eram reencontros, aprendizagens e fantasia.
Saudade da minha infância, nem sabia o que era poesia mas já a sentia, apreciava e vivia dela.
São memórias da minh'alma que em meio a solidão do caos confortam, recriam e inspiram.
E no sítio Boa Vista descobri que olhar não é coisa pra se fazer só com os olhos, precisa usar a mão, o nariz, a boca, a alma e o coração.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Tá chegando o dia...
Dia 12 de junho é dia dos namorados, mas para muitas mocinhas é dia de preparar as famosas simpatias para Santo Antônio, tem gente que acredita funcionar, como estou encalhada até agora não posso garantir nada,rsrs!
Mas resolvi postar algumas simpatias engraçadas e interessantes que encontrei na rede, e se você está na fase do desespero pode tentar a sorte, afinal sábado será um dia bom para se ocupar dos preparativos.
1 – Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.
2 – Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.
3 – Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.
4 – O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus.
5 – Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão.
6 – À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água e o coloque no sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento está próximo.
7 – Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com alguém de idade avançada.
8 – A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.
9 – Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.
Mas resolvi postar algumas simpatias engraçadas e interessantes que encontrei na rede, e se você está na fase do desespero pode tentar a sorte, afinal sábado será um dia bom para se ocupar dos preparativos.
Boa sorte!!!
1 – Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.
2 – Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.
3 – Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.
4 – O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus.
5 – Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão.
6 – À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água e o coloque no sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento está próximo.
7 – Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com alguém de idade avançada.
8 – A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.
9 – Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.
domingo, 30 de maio de 2010
Meu silêncio
Quantas coisas pra dizer, mas o que faço se o que posso agora é apenas calar?
Quantas certezas para ter, mas o que faço se nem sei por onde começar?
Esses olhares que confundem, estas palavas que afastam, estes descaminhos que reforçam o receio.
E as escolhas, como fazê-las se nem sei pensar em viver sem a dúvida?
Bastariam abraços em silêncio pra sentir o calor da pele e a pulsação dos corpos entrelaçados, e em segurança esperar para ouvir e quem sabe dizer, mas neste momento a calmaria pertuba, questiona se estamos mesmo ali ou se é tudo projeção, loucuras inventadas pela solidão de quem não sabe querer ter.
Perdida no silêncio que é nosso... vejo tanto que as imagens me pertubam, cansam a vista e ás vezes afastam, num ir e vir sem fim. Que vício é esse de ser só?
Poderia prever o dia seguinte e treinar as falas antes do encontro, mas não dá pra viver o que não existe, e tudo fica como deve ser no campo das projeções.
Me envolvo no silêncio e crio uma armadura, armadilha, proteje e acorrenta...
Poderia ouvir tanto, e dizer sem censura o que sinto e não sei mostrar, mas perdida no meu mundo só, espero o romper dos raios para que movida pelo medo possa ter a coragem de correr e gritar sem receio de como irão me compreender.
Preciso do meu silêncio, protejo-me nele.
A lua está no céu e brilha com seu ar inocente e envolvente, os amantes se tocam ao som das canções escolhidas, mãos percorrem corpos e edentram o íntimo, abrem-se as portas para a alma e todo movimento é ritmado pelo sentir, mas por que ainda só se ouve o silêncio embalado pelas respirações ofegantes e pelo cair dos corpos exaustos?Na cidade muitos dormem, outros fecham os olhos e viajam por mundos sem levar ninguém, e tudo é só silêncio...Bastariam algumas palavras para derrubar os muros, mas elas nunca são ditas e o tempo passa deixando no ar o sabor da desconfiança.
Amanhece e o sol nasce em seu esplendor como se nada ocorresse na noite anterior, é tudo passado...Mas ele continua lá cortando a carne e marcando os corpos, e neste calar sem fim muito se perde, vão as cores, os cheiros, sabores e sensações, ficam só as lembranças do encontro em silêncio dos amantes que não sabem se entregar ao sentir.
Quantas certezas para ter, mas o que faço se nem sei por onde começar?
Esses olhares que confundem, estas palavas que afastam, estes descaminhos que reforçam o receio.
E as escolhas, como fazê-las se nem sei pensar em viver sem a dúvida?
Bastariam abraços em silêncio pra sentir o calor da pele e a pulsação dos corpos entrelaçados, e em segurança esperar para ouvir e quem sabe dizer, mas neste momento a calmaria pertuba, questiona se estamos mesmo ali ou se é tudo projeção, loucuras inventadas pela solidão de quem não sabe querer ter.
Perdida no silêncio que é nosso... vejo tanto que as imagens me pertubam, cansam a vista e ás vezes afastam, num ir e vir sem fim. Que vício é esse de ser só?
Poderia prever o dia seguinte e treinar as falas antes do encontro, mas não dá pra viver o que não existe, e tudo fica como deve ser no campo das projeções.
Me envolvo no silêncio e crio uma armadura, armadilha, proteje e acorrenta...
Poderia ouvir tanto, e dizer sem censura o que sinto e não sei mostrar, mas perdida no meu mundo só, espero o romper dos raios para que movida pelo medo possa ter a coragem de correr e gritar sem receio de como irão me compreender.
Preciso do meu silêncio, protejo-me nele.
A lua está no céu e brilha com seu ar inocente e envolvente, os amantes se tocam ao som das canções escolhidas, mãos percorrem corpos e edentram o íntimo, abrem-se as portas para a alma e todo movimento é ritmado pelo sentir, mas por que ainda só se ouve o silêncio embalado pelas respirações ofegantes e pelo cair dos corpos exaustos?Na cidade muitos dormem, outros fecham os olhos e viajam por mundos sem levar ninguém, e tudo é só silêncio...Bastariam algumas palavras para derrubar os muros, mas elas nunca são ditas e o tempo passa deixando no ar o sabor da desconfiança.
Amanhece e o sol nasce em seu esplendor como se nada ocorresse na noite anterior, é tudo passado...Mas ele continua lá cortando a carne e marcando os corpos, e neste calar sem fim muito se perde, vão as cores, os cheiros, sabores e sensações, ficam só as lembranças do encontro em silêncio dos amantes que não sabem se entregar ao sentir.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Bem estar
Atravesso uma fase da vida que poderia nomeá-la como a colheita, foram anos de trabalho, muitas vezes tão focada que faltava tempo para compartilhar momentos com as pessoas que amo e até mesmo de dar espaço para conhecer novas pessoas.
Descubro prazeres nas coisas simples e aprendo a ser mulher, sem preocupar-me com padrões, expectativas de terceiros e cobranças.
Revi algumas fotos, relembrei acontecimentos importantes, fatos que construiram uma história, a minha e constatei que melhorei, fisicamente e emocionalmente, se imaginasse que o tempo me faria tão bem...
Fiz minhas contas mentais e daqui uns 6 anos, estarei morando se tudo der certo com uma linda jovem de dezoito anos (minha filha) com uma infinidade de possibilidades para vivenciar.
Antes brincava que gostaria de ter um corpinho de quinze com a cabeça de trinta, mas agora preferia ter a segurança dos trinta desde sempre, ia ser mais fácil transpor os obstáculos que me foram apresentados pelo caminho.
E com tudo isto, existem momentos que me falta a paciência, meu cérebro fervilha, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, esperar é quase sufocante, tenho sede de viver.
Me basta uma roupa quentinha, um lugar limpo e música para relaxar e todo resto é só lucro, satisfação dos instintos.
Estou bem, muito bem!
Descubro prazeres nas coisas simples e aprendo a ser mulher, sem preocupar-me com padrões, expectativas de terceiros e cobranças.
Revi algumas fotos, relembrei acontecimentos importantes, fatos que construiram uma história, a minha e constatei que melhorei, fisicamente e emocionalmente, se imaginasse que o tempo me faria tão bem...
Fiz minhas contas mentais e daqui uns 6 anos, estarei morando se tudo der certo com uma linda jovem de dezoito anos (minha filha) com uma infinidade de possibilidades para vivenciar.
Antes brincava que gostaria de ter um corpinho de quinze com a cabeça de trinta, mas agora preferia ter a segurança dos trinta desde sempre, ia ser mais fácil transpor os obstáculos que me foram apresentados pelo caminho.
E com tudo isto, existem momentos que me falta a paciência, meu cérebro fervilha, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, esperar é quase sufocante, tenho sede de viver.
Me basta uma roupa quentinha, um lugar limpo e música para relaxar e todo resto é só lucro, satisfação dos instintos.
Estou bem, muito bem!
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Desejo
Quero manhãs animadas, com luz do sol entrando pela janela e ressaca de sono tranquilo.
Dias que passem logo, cheios de trabalho com a certeza de fazer o melhor possível.
Tardes cheias de cores, caminhando pra casa com recepção calorosa de amores verdadeiros.
Noites aconchegantes, com beijos apaixonados e pele na pele embaixo do cobertor.
Quero luz da lua durante a madrugada velando meu sono e guardando meus segredos.
Desejo vida, saúde e alegria.
E todo o resto será simples, primário, irrelevante.
Dias que passem logo, cheios de trabalho com a certeza de fazer o melhor possível.
Tardes cheias de cores, caminhando pra casa com recepção calorosa de amores verdadeiros.
Noites aconchegantes, com beijos apaixonados e pele na pele embaixo do cobertor.
Quero luz da lua durante a madrugada velando meu sono e guardando meus segredos.
Desejo vida, saúde e alegria.
E todo o resto será simples, primário, irrelevante.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
A melhor coisa do mundo
O melhor presente pra se ganhar não é a sorte, o dinheiro, amores intensos, beleza...
O MELHOR PRESENTE É A SAÚDE!
Quem tem não valoriza, quem não tem almeja.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Momento de voltar ao caderninho
Existem épocas na vida que a privacidade das palavras são necessárias, escrever no Blog me dá um grande prazer, é um movimento de contar para o desconhecido, jogar com as palavras e imaginar os efeitos disso e rir das minhas imagens.
Escrevo para organizar pensamentos e posso ir além, sentir com calma, digerir o que me afeta...
Alguns momentos da vida requerem sigilo, e preciso de um tempo para mastigar devagar e engolir com coragem. Ficarei no meu caderninho com cadeado, aquele que esconde as palavras que assustam até a mim...
É tempo de refletir e volto em breve para brincar, menina, moça ou mulher.
OFF LINE
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Quero ser Norte
O ar só é lembrado por quem sente a sua falta...
Quero ser ar que entra nas vias respiratórias e enche de energia, caminho para o horizonte, luz para os olhos, calor no inverno, sombra no verão.
E que fique registrado, serei NORTE em meio ao deserto!
domingo, 25 de abril de 2010
Um pouquinho de magia...
Alguns símbolos interessantes, os quais são atribuídos poderes mágicos ou elementos de inspiração.
Os símbolos estão presentes na astrologia, em rituais religiosos, e também nos rituais das wiccas, bruxas modernas e muito interessantes.
E tudo que exalta o poder femino e a possibilidade de transformação me atrai, dieperta curiosidade...
Alguns me chamaram a atenção quanto aos poderes atribuídos:
"Lua Crescente
é um símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante e dos poderes secretos da Natureza. é utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades lunares (tanto masculinas quanto femininas), na magia da lua, nas celebrações dos Sabbats e nos rituais de cura das mulheres.
Círculo
Imagem altamente potente que não possui princípio e nem fim, é usado por muitos bruxos e neopagãos como símbolo sagrado de "ioni", da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.
Ankh
É um antigo símbolo egípico que nos lembra uma cruz encimada por um laço. O Ankh simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Devemos lembrar que o Deus e a Deusa do maior antigo panteão egípcio são representados portando sempre este símbolo. O Ankh também é conhecido por vários bruxos como "Cruz Ansata". Hoje em dia o Ankh é usado por vários bruxos contemporâneos para encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação."
(coletado do google)
Os símbolos estão presentes na astrologia, em rituais religiosos, e também nos rituais das wiccas, bruxas modernas e muito interessantes.
E tudo que exalta o poder femino e a possibilidade de transformação me atrai, dieperta curiosidade...
Alguns me chamaram a atenção quanto aos poderes atribuídos:
"Lua Crescente
é um símbolo sagrado da Deusa e também um símbolo da magia, da energia feminina, da fertilidade, do crescimento abundante e dos poderes secretos da Natureza. é utilizado nas invocações à Deusa e a todas as deidades lunares (tanto masculinas quanto femininas), na magia da lua, nas celebrações dos Sabbats e nos rituais de cura das mulheres.
Círculo
Imagem altamente potente que não possui princípio e nem fim, é usado por muitos bruxos e neopagãos como símbolo sagrado de "ioni", da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.
Ankh
É um antigo símbolo egípico que nos lembra uma cruz encimada por um laço. O Ankh simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Devemos lembrar que o Deus e a Deusa do maior antigo panteão egípcio são representados portando sempre este símbolo. O Ankh também é conhecido por vários bruxos como "Cruz Ansata". Hoje em dia o Ankh é usado por vários bruxos contemporâneos para encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação."
(coletado do google)
quinta-feira, 22 de abril de 2010
SILÊNCIO
Prometo calar quando possível, pensar mais e ferir menos.
Sou um ser pequeno e insensato que erra...
Não dá para voltar no tempo, nem para prender numa caixinha o que falamos e está solto no vento, ou pior ferindo quem não te pediu pra ouvir suas insanidades...
Melhor encontrar mais coisas para fazer e manter-me ocupada.
...
Sou um ser pequeno e insensato que erra...
Não dá para voltar no tempo, nem para prender numa caixinha o que falamos e está solto no vento, ou pior ferindo quem não te pediu pra ouvir suas insanidades...
Melhor encontrar mais coisas para fazer e manter-me ocupada.
...
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Pérolas de um cérebro ativo
Observando o entorno e as pessoas que transitam pela cidade comecei a refletir sobre o futuro da civilização humana, e cheguei a uma conclusão assustadora...O MUNDO EM BREVE SERÁ HABITADO POR UMA LEGIÃO DE PESSOAS FEIAS!
Sei que isto parece idiotice mas o conjunto dos fatos observados me encaminharam para esta constatação.
Estava caminhando apressada para minha sessão de fonoterapia e vi um rapaz lindo desfilando no asfalto e o mesmo entortou o pescoço de diversas mulheres ao passar, inclusive o meu, pudera ele era simplesmente perfeito, rosto delicado com um sorriso luminoso e pele bem cuidada, vestido de forma básica e impecável com um físico que dispensa comentários, como sou humana resolvi dar uma segunda olhada para me certificar que não era uma miragem, é raro ver pessoas sorridentes numa segunda-feira em meio a correria de São Paulo, e me deparei com o rapaz abraçado romanticamente com um outro rapaz trocando um singelo selinho...
Sou aberta as recombinações sociais e a diversidade de gostos e opiniões, tenho vários amigos gays de ambos os sexos, mas cada vez que vejo homens lindos se beijando me dá um nó na garganta e imagino...O que será do futuro da humanidade povoada por heterossexuais comuns e feios?
Para haver a procriação existe a necessidade de dois seres da mesma espécie, portadores dos gametas femininos e masculinos para ocorrer a fecundação, mas está cada vez mais difícil encontrar espécimes heterossexuais em boas condições de "uso".
E isto também ocorre entre as mulheres...
Por isto se você se relaciona com alguém que possua uma beleza satisfatória fique muito feliz, no futuro isso será raro!KKKKKKKKKK!!!
A solução é virar gay também e pertencer a parcela linda da população ou saborear a companhia das pessoas simpáticas de beleza satisfatória, mas ainda resta a opção da inseminação artificial o que pode ser uma esperança.
Pensem bem homofóbicos, o mundo será povoado por seres feios, e cada vez mais precisaremos preservar a parcela linda da população, sejam tolerantes e se abram pra novas experiências!
Cada um deve manter seu parceiro satisfeito, a concorrência é desleal...
Meu cérebro me surpreende com a capacidade de produzir besteiras embuídas de lógica.
Sei que isto parece idiotice mas o conjunto dos fatos observados me encaminharam para esta constatação.
Estava caminhando apressada para minha sessão de fonoterapia e vi um rapaz lindo desfilando no asfalto e o mesmo entortou o pescoço de diversas mulheres ao passar, inclusive o meu, pudera ele era simplesmente perfeito, rosto delicado com um sorriso luminoso e pele bem cuidada, vestido de forma básica e impecável com um físico que dispensa comentários, como sou humana resolvi dar uma segunda olhada para me certificar que não era uma miragem, é raro ver pessoas sorridentes numa segunda-feira em meio a correria de São Paulo, e me deparei com o rapaz abraçado romanticamente com um outro rapaz trocando um singelo selinho...
Sou aberta as recombinações sociais e a diversidade de gostos e opiniões, tenho vários amigos gays de ambos os sexos, mas cada vez que vejo homens lindos se beijando me dá um nó na garganta e imagino...O que será do futuro da humanidade povoada por heterossexuais comuns e feios?
Para haver a procriação existe a necessidade de dois seres da mesma espécie, portadores dos gametas femininos e masculinos para ocorrer a fecundação, mas está cada vez mais difícil encontrar espécimes heterossexuais em boas condições de "uso".
E isto também ocorre entre as mulheres...
Por isto se você se relaciona com alguém que possua uma beleza satisfatória fique muito feliz, no futuro isso será raro!KKKKKKKKKK!!!
A solução é virar gay também e pertencer a parcela linda da população ou saborear a companhia das pessoas simpáticas de beleza satisfatória, mas ainda resta a opção da inseminação artificial o que pode ser uma esperança.
Pensem bem homofóbicos, o mundo será povoado por seres feios, e cada vez mais precisaremos preservar a parcela linda da população, sejam tolerantes e se abram pra novas experiências!
Cada um deve manter seu parceiro satisfeito, a concorrência é desleal...
Meu cérebro me surpreende com a capacidade de produzir besteiras embuídas de lógica.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Delícias da vida
Viver bem é saber aproveitar as oportunidades de diversão, e muitas vezes saber as inventar...
Ouvir boa música, apreciando melodia, interpretação e construção da letra. Viajar no tempo e espaço indiferente do lugar, basta abrir a mente e fechar os olhos.
Saborear boa comida, doces, salgados, triviais e exóticas.
Brincar com as palavras, sejam as escritas ou faladas, num jogo de fazer e desfazer.
Tocar e ser tocada, permitir ao corpo a descoberta dos sentidos, seja por um abraço, beijo ou carícias mais intímas que nos libertam das tensões e abrem janelas da alma num conhecer-se compartilhado.
Olhar, comunicar-se em silêncio, brincando com as interpretações.
Ser curiosa, sem receio de errar, buscar as respostas das perguntas que nos fazemos e aceitar as verdades que encontramos.
Entrar e sair dos relacionamentos com a certeza de ter feito o melhor possível, e enquanto não se encontra o certo é bom ir se divertindo com o que temos.
Receber elegios sinceros de pessoas que admiramos.
Extravasar sentimentos, aliviar as tensões e tocar a vida para frente sem ressentimentos.
Perdoar e ser perdoada.
Rir, gargalhar sempre que possível.
Chorar e soluçar até ficar leve quando for necessário, mas sem desanimar nunca, perde-se uma batalha mas ganha-se experiência.
Dançar sabendo ou não os passos convencionais, movimentar o corpo com liberdade.
Apreciar o nascer do sol e encantar-se com o maravilhoso em meio ao cotidiano.
Inspirar-se com o luar, tomada de romântismo mesmo que não seja algo tão presente na vida.
Arriscar-se, ser imprudente e insana diante das grandes paixões.
Esquecer o que não vale ser reforçado.
Amar, amar e amar e se possível ser amada.
A vida é uma dádiva, o presente uma certeza e o resto depende de como aproveitamos a possibilidades que nos aparecem...
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